Certificação do Painel Solar: Saiba o que você está comprando

Entenda o que significa o selo do Inmetro e quais são as outras certificações que o seu painel deve ter para ele ser considerado um bom painel solar.

O que significa se um painel solar passar no teste IEC 61215?

Passar no teste de qualificação do IEC 61215 significa que o produto atende aos requisitos considerados mundialmente como os necessários para um painel ter a durabilidade, desempenho e segurança necessária para ser comercializado em países como os da Europa, Japão, China, EUA e outros.

Os painéis que passaram no teste IEC 61215 possuem uma probabilidade muito maior de ter um bom desempenho e não apresentarem problemas precoces.

Em todos estes países mencionados acima, passar no IEC 61215 é o requisito mínimo necessário para ser comercializado.

Porque todos os painéis solares precisam também do selo do Inmetro?

O selo do Inmetro para os painéis solares foi estabelecido principalmente para garantir que exista uma empresa estabelecida no Brasil que seja legalmente responsável por este produto. Ou seja, se o seu painel solar apresentar algum defeito teremos alguém aqui no Brasil para falarmos. Para um painel solar ser legalmente comercializado no Brasil ele precisa do selo do Inmetro.

Quais são os ensaios e testes que são feitos no IEC 61215 e para que eles servem?

1 – Inspeção Visual

O objetivo é detectar qualquer um dos “defeitos visuais”, verificando o módulo em uma área bem iluminada (1000 lux).

2 – Determinação de potência máxima (Pmax)

Este é o único ensaio exigido pelo Inmetro dentre os 18 exigidos em outros países pela IEC. É tipicamente um parâmetro de desempenho. Deve ser realizado várias vezes, antes e depois dos vários testes que a IEC 61215 requisita; Pode ser realizado com um simulador solar (Flasher) ou ao ar livre.

3 – Resistência de isolamento

É um teste de segurança elétrica. O objetivo é determinar se o módulo fotovoltaico tem um isolamento elétrico suficiente entre a sua parte interna e o quadro de alumínio (ou o mundo exterior).

4 – Teste molhado de fuga de corrente.

É também um teste de segurança elétrica. O objetivo é avaliar o isolamento da placa fotovoltaica contra a entrada de umidade em condições de funcionamento “molhado” e o perigo de choque elétrico (chuva, neblina, orvalho, neve derretida, etc).

5 – Medição dos coeficientes de temperatura.

É um parâmetro de desempenho. Coeficientes de temperatura são parâmetros de desempenho frequentemente usados para simular os rendimentos de energia dos painéis solares em climas quentes, ou seja, em lugares como o Brasil.

6 – Medição da Temperatura Nominal de Funcionamento da Célula (NOCT)

É um parâmetro de desempenho. O NOCT de uma placa solar pode ser utilizado pelo projetista do sistema fotovoltaica, como um guia para a temperatura à qual um módulo vai funcionar no campo e, por consequência, é um parâmetro útil quando se compara o desempenho de diferentes modelos de painéis fotovoltaicos.

7 – Desempenho do painel solar na STC e NOCT

Determina como o painel solar se comporta nas STC (Condições padrões de teste) e NOCT (Temperatura nominal de operação da célula solar), quando submetido a uma carga.

8 – Desempenho do painel solar em baixa irradiância.

Testa o comportamento do painel solar em condições de pouca luz.

9 – Teste de exposição ao ar livre.

É um teste de irradiância. O objetivo é uma avaliação preliminar da capacidade do painel solar para suportar a exposição ao ar livre. Este teste pode ser um indicador útil de possíveis problemas que não podem ser detectados pelos outros testes dentro do laboratório.

10 – Teste de resistência de Hot-Spot

É um teste térmico. O objetivo é determinar a capacidade do painel solar para suportar o aquecimento localizado causado por rachaduras nas células, falhas de interconexão, sombreamento parcial ou sujeira.

11 – Teste de resistência UV (Ultra Violeta)

É um teste de irradiância. O objetivo é identificar materiais que sejam susceptíveis a degradação por raios ultra-violeta (UV).

12 – Ensaio de ciclagem térmica (200 ciclos)

Este teste tem a finalidade de simular as tensões térmicas no interior dos materiais como resultado de mudanças abruptas de temperaturas extremas. Na maioria das vezes, as ligações entre as células que são soldadas são as que mais “sofrem” com este teste.

13 – Teste de Umidade & Congelamento

Testa o painel em um ciclo de aquecimento e congelamento de 85°C a -40°C com 85% de umidade relativa.

14 – Teste Damp-heat (1000 horas)

A finalidade é determinar a vida útil do painel solar. No Damp-heat test, o painel solar deve suportar a exposição a longo prazo a uma humidade de 85% e, numa temperatura de 85°C durante 1000 horas. O DH1000 é o mais “malvado” dos testes pois ele “reprova” de 40 a 50% dos painéis submetidos a este teste!

Obs: Sabe aquela garantia padrão de 25anos do painel fotovoltaico solar com uma perda de eficiência de no máximo 20%? O teste Damp-heat é uma das principais formas de validar esta garantia dos fabricantes.

15 – Robustez de teste terminações.

É um teste mecânico. O painel solar passa por um teste de stress mecânico que simula a montagem normal e manipulação do painel solar através de vários ciclos e níveis de resistência, flexão e torque.

16 – Teste de carga mecânica

Este teste de carga consiste em determinar a capacidade do painel solar para suportar o vento, neve, cargas estáticas, gelo, “pesos” em geral.

17 – Teste de resistência contra Granizo.

Serve para verificar a resistência do painel solar ao Granizo. O equipamento de teste é um lançador capaz de impulsionar várias bolas de gelo de diferentes pesos e velocidades diferentes de modo a atingir o painel solar em 11 locais específicos de impacto. O maior granizo lançado no teste é de 75mm de diâmetro, com um peso de apx. 200g, que é atirado a uma velocidade apx. 145km/h no vidro do painel solar, que deve resistir ao impacto.

18 – Ensaio térmico diodo Bypass

É um teste térmico. O teste do diodo Bypass é um aspecto muito importante do projeto do módulo fotovoltaico. É crítico determinar o comportamento térmico do painel solar sob condições de Hot-Spot pois isso impacta diretamente no desempenho deste painel quando instalado em uma casa ou empresa.

Definição STC – Standard Testing Conditions (Condições padrões de teste)

STC corresponde a: 1000W/m2, 25°C de temperatura da célula, com uma referência solar de irradiância espectral chamado Massa de Ar 1,5 (AM1.5), conforme definido no IEC 60904-3. Ou seja, condições muito diferentes do que você vai ter na sua casa aqui no Brasil.

Fonte: Portal Solar

Moradores instalam internet com energia solar em zona rural

Sentado no sofá, o produtor rural Amadeu Bordini, de São Pedro da União (MG), lê as mensagens da filha, grava mensagem de áudio para o filho e está feliz. Parece até que ganhou um brinquedo novo. O motivo é a instalação recente de uma torre de internet que funciona à base de energia solar e que ajuda ele e outros companheiros a se manter informados.

“É legal, com isso aqui falamos com ele todos os dias, toda hora, muito bom. E eu estou aprendendo agora aqui, passando as mensagens”, contou.

A instalação do equipamento na comunidade rural aconteceu há menos de uma semana. Antes, segundo os moradores, era impossível receber notícias pelo sinal que chegava das operadoras.

Os produtores Daniel e Poliana Bueno são vizinhos de Bordini. Ele tem 23 anos e ela 21 e só agora o casal consegue acessar a internet da roça. Com uma plantação de café, para eles é importante ter acesso à rede de computadores, a fim de ampliar os negócios. Agora, de casa, eles conseguem acessar sites sobre o mercado do café e também a previsão do tempo.

“Se vai chover depois de amanhã e meu terreiro estiver cheio, eu consigo esvaziar, cuidar do café”, destacou Daniel.

Para Daniel Bueno, a internet também é sinônimo de segurança. A partir de um sistema de monitoramento por câmeras, ele vê em tempo real tudo que acontece na propriedade dele, de onde estiver.

Para eles, mandar mensagens em aplicativo de mensagens é uma novidade. A conectividade só funcionou por causa da torre, que opera com energia solar e manda o sinal de internet para 32 casas, mas que pode chegar até as cidades vizinhas em breve.

A iniciativa foi do também produtor rural, Fernando Barbosa. Ao todo, 17 famílias ficaram interessadas na ideia e dividiram os custos para a instalação da torre e dos equipamentos. O preço total foi de R$ 4,5 mil e cada um paga a mensalidade de R$ 69 para manutenção da empresa contratada.

“O importante é que agora os colegas, logo cedo, já passam no aplicativo de mensagens o bom dia, já falam sobre o café”, destacou ele.

Fonte: G1

Geração solar fotovoltaica: dá pra ter em casa?

A luz solar por si só é uma ótima aliada na hora de economizar, já que a iluminação natural reduz despesas com iluminação artificial. Mas é possível fazer uso do potencial do sol para gerar energia para sua casa? É, sim. E o Brasil larga na frente na comparação com outros países por ter uma boa irradiação solar. Mas, em contrapartida, está atrás no que diz respeito ao investimento, ainda é bastante elevado gerar energia a partir do sol na própria casa.

Sistema fotovoltaico

O uso de energia solar em casa é possível graças a um sistema chamado de fotovoltaico. Ele gera energia por meio de módulos fotovoltaicos, que depois é convertida na energia que será usada nos seus equipamentos.

O método fotovoltaico funciona de duas maneiras: existem sistemas isolados da rede elétrica e conectados à rede elétrica. Geralmente, os isolados são mais caros porque precisam de baterias para armazenar energia. Além disso, é necessária a avaliação de um especialista para saber qual é a quantidade de energia que o sistema deverá gerar para atender ao consumo da residência sem faltar.

Já o sistema conectado utiliza a rede de distribuição das concessionárias quando não está gerando energia por meio do sistema fotovoltaico. Ou seja, se tem sombra nas placas solares e no período da noite, a energia usada na casa passa a ser da distribuidora.

Apesar de ser um investimento ainda alto, à medida que mais empresas entram nesse segmento e passam a produzir os equipamentos necessários para a instalação do sistema, os custos tendem a diminuir ao longo do tempo. A instalação, no entanto, deve ser analisada com calma pelos consumidores: o retorno do investimento de implantação demora, em média, 10 anos para acontecer, dependendo do porte e da potência do sistema.

Sistema de aquecimento de água

Outra forma de utilizar o potencial do sol como gerador de energia é com o sistema de aquecimento solar térmico. Ele é diferente do fotovoltaico. No térmico, são instaladas placas metálicas – conhecidas como coletores solares – no telhado do imóvel especificamente para aquecer a água da casa. É preciso ainda ter um reservatório térmico, chamado de Boiler. As placas captam a radiação solar e transferem o calor para a água que circula dentro da tubulação das placas e depois é armazenada no Boiler.

O custo de instalação desse tipo de equipamento é inferior ao sistema de placas fotovoltaicas. Ele geralmente se paga ao longo de dois anos e alivia o bolso do consumidor no que costuma pesar mais na conta de luz de uma casa, o chuveiro elétrico.

Segundo a Eletrobras, o chuveiro elétrico representa, em média, 40% da energia consumida nas residências brasileiras.

Empresa italiana inicia construção de usina solar na Bahia

A companhia italiana de energia Enel informou nesta segunda-feira que iniciou os trabalhos de construção de uma usina solar no Brasil, um projeto para o qual investirá US$ 175 milhões.

Os trabalhos de construção do parque solar Lapa, situado em Bom Jesus da Lapa, no estado da Bahia, estão sendo realizados através da filial da Enel no país, Enel Green Power Brasil Participações (“EGPB”), informou o grupo em comunicado.

Uma vez completada, a usina contará com uma capacidade instalada de 158 megawatts (MW) e estará capacitada para gerar cerca de 340 gigawatts/hora (GWh) ao ano, quantidade que satisfará as necessidades de consumo anuais de mais de 160 mil lares brasileiros.

Além disso, a italiana explicou que a usina ficará pronta previsivelmente para a segunda metade de 2017 e que permitirá evitar a emissão à atmosfera de quase 198 mil toneladas de CO2.

No estado da Bahia, a EGPB trabalha também na construção da instalação de Ituverava, um parque solar de 254 MW, e na usina eólica de Delfina, de 180 MW.

A sociedade brasileira controlada pelo grupo Enel conta atualmente com uma capacidade total instalada de 506 MW, dos quais 401 MW procedem de energia eólica, 12 MW solar e 93 MW hidrelétrica.

Fonte: Exame.com